Um título
mais que merecido. Assim pode ser descrito o feito do Ceará, ontem à noite, no Castelão.
O Alvinegro voltou a bater o Fortaleza, mais uma vez por 2 a 1, e sagrou-se
bicampeão cearense em uma partida típica de Clássico-Rei: muita tensão, festa
das torcidas, jogadas ríspidas, rivalidade aflorada, mas também futebol. E o
Vovô foi melhor mais uma vez na bola, vencendo com gols de Pio, um golaço no 1º
tempo, e Felipe Azevedo, aos 43 da etapa final. Adalberto descontou para o
Fortaleza.
O 45º
título estadual do Vovô tem sabor mais especial por ser no ano do centenário do
rival, dando o troco da última decisão entre ambos, quando em 2015 o Leão o
tirou o penta com um gol aos 47 minutos do 2º tempo.
A rigor, o
Alvinegro fez valer sua maior qualidade técnica nos dois jogos finais e
consagrar o grupo de Marcelo Chamusca, que já havia conquistado um acesso para
a Série A. Ao Fortaleza, que foi brioso, suas limitações técnicas em relação ao
adversário não permitiram que o título fosse para o Pici.
Como já
havia vencido o jogo de ida por 2 a 1, o Ceará jogava com a vantagem do empate
ontem. Mas como já tinham destacado os jogadores alvinegros, não jogariam com a
vantagem embaixo do braço, pelo menos no 1º tempo. Na etapa inicial, o
Alvinegro foi superior e criou as melhores chances. A primeira, aos 11: Felipe
Azevedo bateu cruzado e o goleiro defendeu. Sete minutos depois, saiu o gol do
Vozão. E foi um golaço. Juninho bateu falta na barreira, a bola sobrou para Pio
encher o pé e marcar: 1 a 0.
O
Fortaleza, que via sua desvantagem aumentar, não mostrava muito repertório no
setor ofensivo. Embora aplicado, o Tricolor insistia na jogada aérea, buscando
o artilheiro Gustavo.
Mas não
surtia efeito, com a zaga alvinegra e o goleiro Éverson se sobressaindo. O Leão
foi voltou para o jogo aos 37 minutos, após pênalti sofrido por Osvaldo de Pio.
Mas Bruno Melo tirou muito do Everson e acertou a trave. A torcida alvinegra
vibrou como um gol.
Nos minutos
finais do 1º tempo, em um ataque leonino, Ligger e Valdo se chocaram e o jogo
ficou paralisado até a ambulância levar o jogador do Leão, que teve uma
concussão cerebral e deixou o jogo para a entrada de Jean Patrick. Foi o
segundo evento médico do jogo, já que o técnico do Vovô, Marcelo Chamusca, teve
uma queda de pressão e não dirigiu a equipe na partida, sendo atendido nos
vestiários do clube. Aos 57, no último lance do 1º tempo, o Tricolor teve um
gol bem anulado por impedimento, em cabeçada de Bruno Melo.
Se na etapa
inicial o Vovô foi superior, no 2º tempo a equipe voltou muito recuada, agora
sim, com o regulamento debaixo do braço. Assim, o Leão cresceu e pressionou
muito em busca da virada que lhe daria o título.
Sempre
rondando a área do Ceará, o Tricolor continuava insistindo na jogada aérea. E o
time de Rogério Ceni só assustou aos 23 minutos com Alan Mineiro batendo falta
com perigo e Everson defendendo. Embora a pressão leonina continuasse, era
desordenada e o Ceará se defendia bem, esperando um contra-ataque para
confirmar o título. E ele veio aos 39 minutos, em jogada que começou com Arthur
e Felipe Azevedo finalizando para ampliar: 2 a 0, para explosão da torcida
alvinegra, que soltou ali o grito de bicampeão.
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