No
comunicado, Mourão afirmou que, em 1969 – quando Azevedo foi torturado -, era
estudante do Colégio Militar de Porto Alegre e tinha 16 anos. Para o general, a
acusação é uma falsa notícia para disseminar informações erradas sobre a
campanha de Bolsonaro. “Trata-se, portanto, de uma fake news, no desespero de
se criar fatos novos pelos simpatizantes da chapa concorrente de Fernando
Haddad e aliados.”
Ao citar
Haddad, Mourão não entra em detalhes. “Quanto à questão da repercussão das
frases do candidato Haddad, que reproduz tais fakes, também tomaremos as
devidas providências judiciais”.
A nota é
assinada pelo presidente nacional do PRTB, Levy Fidelix, e pelo próprio Mourão.
Memória
No sábado
(20), Azevedo durante show em Jacobina, na Bahia, fez a acusação contra Mourão.
“É uma coisa indignante, cara. Eu fui preso duas vezes na ditadura. Fui
torturado. Você não sabe o que é tortura, não. Esse Mourão era um dos
torturadores lá. Eu fico impressionado com o brasileiro não presta atenção nas
evoluções humanas.”
Em
seguida, ainda em tom de desabafo, o cantor acrescentou: “Eu não sei se isso
aqui vai entrar em algum choque com a prefeitura, mas é o meu sentimento de
indignação em relação com o que pode acontecer com o Brasil. Essa alegria toda
que a gente está tendo aqui vai se perder. O Brasil vai ficar muito ruim, muito
ruim, se esse cara ganhar”.
Porém,
hoje, por meio da sua assessoria, Geraldo Azevedo afirmou ter se equivocado na
referência a Mourão, que não foi um de seus torturados. “Geraldo Azevedo se
desculpa pelo transtorno causado por seu equívoco e reafirma sua opinião de que
não há espaço, no Brasil de hoje, para a volta de um regime que tem a tortura
como política de Estado e que cerceia as liberdades individuais e de imprensa.”
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